O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por padrão persistente de desatenção e ou hiperatividade/impulsividade. Os sintomas estão presentes em pelo menos dois ambientes e causam prejuízo no funcionamento social, acadêmico, familiar e ocupacional.

O tratamento farmacológico minimiza as manifestações clínicas, mas muitas pessoas continuam a ter comprometimento social e acadêmico, e alguns experimentam efeitos colaterais significativos que inviabilizam a manutenção do tratamento.

Os estudos genéticos e de neuroimagem possibilitaram o entendimento da fisiopatologia do transtorno, e possibilitaram a identificação de alterações funcionais em regiões cerebrais como o córtex pré-frontal, núcleo caudado, globo pálido, corpo caloso e vermis cerebelar, além de alterações nos neurotransmissores, como noradrenalina, serotonina e, principalmente, dopamina.

A Ativação de circuitos neurais pré-frontais esquerdo pode melhorar a neurotransmissão dopaminérgica e assim atuar na atenção seletiva, ou seja, crianças e adolescentes com TDAH conseguem diminuir o tempo com o qual selecionam novas informações, e assim reduzem o número total de erros cometidos quando utilizada a atenção alternada, dessa forma conseguem estabelecer uma atenção focada e sustentada.

A estimulação transcraniana não invasiva emerge como uma estratégia promissora, pois é neuromoduladora, e modifica a excitabilidade neural espontânea, induzindo a despolarização ou hiperpolarização do potencial de membrana de repouso dos neurônios.